O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, assinou protocolo de intenções que marca o início da parceria público-privada entre empresas e cooperativas de Castro com o Governo do Estado para a construção e readequação de rodovias no interior de Castro. O secretário firmou esse compromisso com representantes do pool, que agrega nove empresas e duas cooperativas, durante o Agroleite, logo após o governador Ratinho Júnior ter confirmado aos empresários que o Governo vai realizar as obras do Plano Rodoviário Estruturante do Município.
Sandro Alex destacou que o Estado pode receber projetos da iniciativa privada porque o Governo facilitou essas parcerias e que o governador, até agora, não deixou nenhum na gaveta.
“Façam os projetos. Vocês nos dão a velocidade, encurtam nosso prazo, para que a gente possa executar”, afirmou. Além dele, o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fernando Furiatti, também assinou o documento e antecipou que vai disponibilizar técnicos para acompanharem a elaboração do projetos, “para que façam dentro dos padrões do DER”.
Willem Bouwman, presidente da Cooperativa Castrolanda, ressaltou que o plano foi feito em conjunto com a sociedade e que beneficia não apenas o interior, mas também a cidade. “Preocupados com o desenvolvimento do Município, nós temos esse imenso entrave que é a dificuldade de atravessar o centro de Castro e de chegar nos interiores”, ressaltou.
Caminhões pesados
O Plano Rodoviário Estruturante prevê obras que terão projetos realizados pelas empresas, a exemplo do que já acontece com a construção do Contorno Norte, obra que liga a PR-151 ao Distrito Industrial 2, em Castro. As prioridades são a construção de um novo Contorno Sul, para afastar o trânsito pesado que hoje passa pela área urbana, e a readequação de estradas como a da Capão Alto e a do Socavão, para que tenham condições de receber tráfego de caminhões de nove eixos. Isso inclui o trecho já asfaltado da estrada do Socavão, que não foi executado para receber caminhões pesados e hoje representa um obstáculo ao escoamento da produção agrícola e industrial do interior.
“Hoje, nosso Município não consegue receber e nem expedir cargas em caminhões usados no Brasil inteiro. Castro não pode se isolar do país. O desenvolvimento do Município depende disso”, destacou Marcos Bertolini, diretor do Grupo Calpar, acrescentando que as indústrias minerais e florestais também são prejudicadas pela falta de condição das rodovias, além do escoamento da produção agropecuária.
Para Eduardo Medeiros, presidente do Sindicato Rural, além do gargalo logístico para o setor empresarial, as condições das estradas no interior também impactam no desenvolvimento das comunidades locais. “Não é algo só de uma justificativa de produção empresarial, mas social também”, enfatizou, frisando que uma das obras atravessará uma região que tem o pior Índice de Desenvolvimento Urbano do Estado, no Vale da Ribeira. “Essas vias vão trazer o desenvolvimento e vão mudar a cara dessas regiões”.
Também assinaram o documento representantes das cooperativas Castrolanda e União Castrense e das empresas Cargill, Calpar Calcário Agrícola, Itajara Minérios, Itatinga Calcário e Corretivos, Mineração Campo Verde Calcário, Boomerang Transportes e Loog Brasil. (Com assessoria)